Quem espera por atendimento nos corredores do ambulatório e resolve dar uma olhadinha pela janela se arrepende. Garrafas pet, sacolas de lixo e até restos de móveis são jogados das janelas do prédio vizinho e tudo fica no local, parado dentro da água escura e suja.
O imóvel que pertence ao INSS e fica no mesmo terreno que o ambulatório está abandonado há seis anos, mas, em agosto do ano passado, foi invadido por famílias sem-teto.
Desde que eles ocuparam os cinco andares, os funcionários do ambulatório são obrigados a conviver com bichos, por causa do lixo jogado pelos novos moradores. “Rato, barato, mosquito e mosquitinhos por causa da limpeza têm constantemente. No calor, aumenta bem mais”, relata a auxiliar administrativa Marli da Silva.
Em uma das salas de atendimento, a direção teve que instalar uma rede de proteção na janela para evitar moscas, mosquitos, mas isso não evita o cheiro forte. Cerca de mil atendimentos por dia são feitos na unidade de saúde. Mas quando o cheiro está muito forte, os médicos evitam receber pacientes. “O cheiro está bem difícil, um cheiro de urina que vem e fica difícil atender nessas condições”, diz o médico Leonardo Valadão de Freitas.
No prédio invadido, os banheiros não funcionam. Por isso, os invasores jogam tudo no pátio do ambulatório. Há 15 dias, funcionários e pacientes são proibidos de circular pelos corredores externos. “Começaram a esvaziar baldes com fezes e urina, inclusive atingindo um funcionário nosso da segurança há cerca de um mês”, conta a diretora do ambulatório, Maria Dulce Cardenoto.
O INSS diz que já pediu na Justiça a saída dos invasores e que eles têm até o 2 de abril para deixar o prédio.
Confira o vídeo da matéria feita pelo SPTV, da Rede Globo, logo abaixo:
Nenhum comentário:
Postar um comentário